8ª Semana do Tempo Comum - 4ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano “A” Mateus
Antífona: Salmo
17,19-20 O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me
salvou porque me ama.
Oração do Dia: Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz
que desejais e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!
Primeira Leitura: Livro do
Eclesiástico 17,20-28 (Gr 24-29)
Aos arrependidos Deus concede o caminho de regresso, e
conforta aqueles que perderam a esperança, e lhes dá a alegria da verdade. Volta
ao Senhor e deixa os teus pecados, suplica em sua presença e diminui as tuas
ofensas. Volta ao Altíssimo, desvia-te da injustiça e detesta firmemente a iniqüidade.
Conhece a justiça e os juízos de Deus e permanece constante
no estado em que ele te colocou, e na oração ao Deus altíssimo. Anda na
companhia do povo santo, com aqueles que vivem e proclamam a glória de Deus. Não
te demores no erro dos ímpios, louva a Deus antes da morte; o morto, como quem
não existe, já não louva.
Louva a Deus enquanto vives; glorifica-o enquanto tens vida
e saúde, louva a Deus e glorifica-o nas suas misericórdias. Quão grande é a misericórdia
do Senhor, e o seu perdão para com todos aqueles que a ele se convertem! -
Palavra do Senhor.
Comentário: A gratidão, o louvor, a
glória de Deus são a mais alta função de nossa passagem pela terra dos vivos.
Por isso, nós, em cuja vida a luz e eficácia profunda do Evangelho não
transparecem com a evidência exigida por nosso caráter de batizados, crismandos
ou ainda de sacerdotes e religiosos, temos necessidade de contínua conversão.
Com efeito, no início de cada celebração eucarística, apresentamo-nos ao Senhor
como “arrependidos”, que oram humildemente para que ele ofereça de novo e
sempre “a possibilidade do retorno”. A conversão não é somente romper com o
pecado e observar a lei de Deus. É, sobretudo, a constante e progressiva
orientação para a união com Deus. É comungar em novidade de vida, é vontade de
perseverar (= conversão contínua) (Missal Cotidiano)
Salmo: 31, 1-2. 5. 6. 7
(R. 11a)
Ó justos,
alegrai-vos no Senhor!
Feliz o homem que
foi perdoado e cuja falta já foi encoberta! Feliz o homem a quem o Senhor não
olha mais como sendo culpado, e em cuja alma não há falsidade!
Eu confessei,
afinal, meu pecado, e minha falta vos fiz conhecer. Disse: "Eu irei
confessar meu pecado!" E perdoastes, Senhor, minha falta.
Todo fiel pode,
assim, invocar-vos, durante o tempo da angústia e aflição, porque, ainda que
irrompam as águas, não poderão atingi-lo jamais.
Sois para mim
proteção e refúgio; na minha angústia me haveis de salvar, e envolvereis a
minha alma no gozo da salvação que me vem só de vós.
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,17-27
Naquele tempo, quando Jesus saiu a caminhar, veio
alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo
fazer para ganhar a vida eterna?” Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só
Deus é bom, e mais ninguém. Tu conheces os mandamentos: não matarás; não
cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não
prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!”
Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado
desde a minha juventude”. Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa
te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no
céu. Depois vem e segue-me!” Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi
embora cheio de tristeza, porque era muito rico. Jesus então olhou ao redor e
disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!”
Os discípulos se admiravam com
estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no
Reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que
um rico entrar no Reino de Deus!” Eles ficaram muito espantados ao ouvirem
isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” Jesus olhou
para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para
Deus tudo é possível”. - Palavra da
Salvação.
Comentários:
O
evangelho de hoje nos apresenta, no caso do jovem rico, um grave erro que pode
ocorrer na vida de todos nós no que diz respeito à questão da salvação e que se
refere ao sujeito da salvação. Às vezes, a gente escuta que as pessoas devem
esforçar-se para se salvarem e eu penso que eu devo conseguir me salvar. Ora,
ninguém salva a si próprio. Eu não posso ser o meu salvador. Os discípulos
perguntaram: "Quem então poderá salvar-se?" A resposta de Jesus é:
"Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus, tudo é
possível". Não podemos confiar a nossa salvação nem em nós mesmos, nem nos
outros e nem nos bens materiais, pois nada ou ninguém, a não ser o próprio
Deus, podem nos salvar. (CNBB)
Para
ser discípulo do Reino não basta contentar-se com o mínimo exigido de todos. O
Reino desafia o seguidor de Jesus a ir sempre além. Quer, a todo custo,
constituir-se em absoluto na vida do discípulo. Existe sempre um mais a ser
realizado, um desapego maior a ser feito, um gesto de maior generosidade a ser
concretizado. Em vão, Jesus desafiou o homem rico a dar o passo na direção do
mais. Este pautara sua vida pela piedade tradicional, e foi sincero ao afirmar
ter buscado pôr em prática, desde sua juventude, os mandamentos do Decálogo. O
encontro com Jesus confrontou-o com uma proposta radical: desapegar-se de sua
riqueza, dar o dinheiro aos pobres e pôr-se no seguimento do Mestre. Em troca,
haveria de receber de Deus um tesouro imperecível. O homem, porém, não teve
coragem suficiente para fazer a ruptura exigida por Jesus e retirou-se triste e
melancólico. No horizonte do discípulo do Reino, desponta sempre a
possibilidade do mais. Este confronto contínuo mantém-no em um permanente
dinamismo, cuja meta é o Pai. Quando o mais deixa de ser entrevisto, a vida do
discípulo se empobrece e se reduz a uma existência medíocre e acomodada. Urge
reconhecer a coisa que ainda falta e se munir de coragem para realizá-la. Caso
contrário, a entrada no Reino de Deus torna-se inviável. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
A
observância dos Mandamentos é a principal exigência para quem deseja seguir
Jesus, o desapego as coisas materiais e a partilha são a segunda. Se vamos
participar do Reino é preciso que a nossa fé e segurança esteja depositada em
Deus e não nos bens terrenos. A partilha se faz necessária para que todos
tenham vida em abundancia. A ostentação de poder, riqueza e status, não tem
lugar em um Reino de igualdade. Jesus ao destacar que os ricos não entrarão no
Reino de Deus referiu-se não só aos ricos em bens, mas também em soberba,
orgulho, vaidade, preconceito... Existem varias explicações para a expressão
“um camelo passar pelo buraco de uma agulha” (v.25), mas todas deságuam no
mesmo logo, Jesus usou de uma figura de linguagem extrema para enfatizar que o
poder de Deus é maior que qualquer desejo humano. A vida eterna tem inicio na
vida presente, a escada que leva para o Reino de Deus é construída não com
dinheiro, os degraus são sobrepostos com blocos de solidariedade, amizade,
lealdade, amor, perdão... Abandonar-se por completo nas mãos de Jesus,
abraçando a Boa Nova como projeto único, é o que nos capacita a receber de Deus
a vida eterna, lembrando que para sermos o primeiro, temos que colocar todos os
outros na nossa frente. O jovem rico queria a vida eterna sim, mas para si, não
se importando com os outros. - (Ricardo e
Marta)
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
Foto retirada da internet
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