Solenidade: ASSUNÇÃO
DE NOSSA SENHORA
Primeira Leitura: Apocalipse de São
João 11,19a; 12,1-6a.10ab
Abriu-se o Templo
de Deus que está no céu e apareceu no Templo a Arca da Aliança. Então apareceu
no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés
e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas. Então apareceu outro sinal no céu:
um grande Dragão, cor de fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as
cabeças, sete coroas. Com a cauda, varria a terça parte das estrelas do céu,
atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher, que estava para dar
à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que nascesse. E ela deu à luz um
filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o
Filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o
deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar. Ouvi então uma voz forte no céu, proclamando:
“Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do
seu Cristo”. - Palavra do Senhor.
Comentário: Não se fala mais do Deus “que
vem”, porque ele já veio no testemunho de Jesus e dos seus seguidores. A arca é
o sinal da aliança e indica a presença de Deus no meio do povo. A aliança se
realiza através do testemunho profético do povo de Deus. A Mulher é um símbolo
cheio de significados: é Eva, a mãe da humanidade (cf. Gn 3,15-20); também o
povo de Israel (doze estrelas = doze tribos) assim como Sião, o resto do povo
de Deus que espera o Messias (Is 66,7). É também Maria enquanto mãe de Jesus e
mãe dos discípulos de Jesus (Jo 19,25-27), e o povo de Deus da nova Aliança
(doze estrelas = doze apóstolos). O dragão personifica o mal, inimigo de Deus.
Trata-se do egoísmo, orgulho e autossuficiência que deformam os indivíduos e os
grupos sociais. Ele é sanguinário (vermelho), tem pleno poder sobre os impérios
do mundo (sete cabeças e sete diademas), mas sua força é relativa e imperfeita
(dez chifres). Ele tem a pretensão de lutar contra Deus (estrelas do céu). Quer
devorar o Filho da Mulher, o Messias que veio para destruí-lo. O Filho é Jesus,
que nasce (ressurreição) para a glória e para dominar as nações, destruindo o
poder do dragão. O mal foi derrotado. Agora a situação do povo de Deus é como a
dos hebreus no deserto, libertados da escravidão: viverá no deserto até o fim
da história (mil, duzentos e sessenta dias), em meio a perseguições e na
intimidade com Deus. (Deus Único)
Salmo: 44(45),10bc.11.12ab.16
(R. 10b)
À vossa
direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir
As filhas de reis
vêm ao vosso encontro, e à vossa direita se encontra a rainha com veste
esplendente de ouro de Ofir. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: “Esquecei
vosso povo e a casa paterna! Que o Rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe
homenagem: é vosso Senhor! Entre cantos de festa e com grande alegria,
ingressam, então, no palácio real”.
Segunda Leitura: 1ª Carta de São
Paulo aos Coríntios 15,20-26.28
Irmãos: Cristo
ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. Com efeito, por um
homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos.
Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada
qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias;
depois, os que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda. A seguir, será o
fim, quando ele entregar a realeza a Deus-Pai, depois de destruir todo
principado e todo poder e força. Pois é preciso que ele reine até que todos os
seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a
morte. Com efeito, “Deus pôs tudo debaixo de seus pés”. -
Palavra do Senhor.
Comentário: Dois estados da humanidade se
opõem: o pecado e a morte, dos quais Adão é o símbolo; a graça e a vida,
realizadas em Cristo (cf. Rm 5,17-21). A partir do pecado, existem na sociedade
forças e estruturas que invertem no destino humano, desagregando, pervertendo,
e até mesmo levando os homens à morte. Cristo foi morto por essas estruturas,
mas Deus o ressuscitou e lhe deu poder de destruí-las. Após vencer essas
forças, também a morte será vencida; então, o triunfo será definitivo. Unida a
Cristo, a humanidade estará de novo submetida a Deus e o Reino de Deus se
manifestará completamente. (Deus Único)
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-56
Naqueles dias, Maria partiu para a região
montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. Entrou na
casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de
Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com
um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu
ventre! Como posso merecer que a mãe
do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus
ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que
acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. Então Maria disse: “A minha alma engrandece o
Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a
humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e
sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam.
Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. Derrubou do
trono os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos, e despediu
os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua
misericórdia, conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua
descendência, para sempre”. Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou
para casa. - Palavra da Salvação.
Comentário: A fé eclesial, contemplando
Maria a partir do Mistério Pascal de Jesus, professa que ela, no término de sua
caminha terrestre, foi elevada ao céu. A Igreja fala em assunção, ou seja,
Maria foi assumida por Deus e colocada na glória celeste. Trata-se da ação de
Deus fazendo grandes coisas na vida da mãe do Salvador. Não uma ação isolada, e
sim, o ápice de uma sucessão de graças na vida de quem foi cheia de graça. A
assunção de Maria brotou da Ressurreição de Jesus. É como se Maria tivesse
seguido o caminho novo de acesso ao Pai, aberto pelo Filho Jesus. Deus, de
certo modo, antecipou em Maria o que haveria de ser o destino de toda a humanidade.
A Ressurreição de Jesus foi penhor de ressurreição para todo ser humano. Em Maria,
isto já se fez realidade. A assunção situa-se no contexto da fé de Maria. Ela
havia proclamado que Deus exalta os humildes e destrói a segurança dos
soberbos. Sua vida caracterizou-se pela humildade e pelo espírito de serviço.
Ela se sabia serva humilde do Senhor, transcorrendo sua vida no escondimento. A
condição de mãe do Messias não a tornou orgulhosa e cheia de si. A Maria
exaltada na assunção foi a mulher humilde e servidora. Deus levou para junto de
si a mulher cuja vida transcorrera em total comunhão com ele. A assunção, por
conseguinte, consistiu na radicalização de uma experiência constante na vida de
Maria. (Padre Jaldemir Vitório/Jesuíta)
São Bernardo de Claraval - Doutor da
Igreja - 20 de agosto
Fonte: CNBB - Missal Cotidiano (Paulus)
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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obrigado.
"Doravante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada" de fato, cada pessoa, neste tempo todo, que declama a "Ave Maria" diz: "Bendita és entre as mulheres..." realizando a profecia de Maria. Até que dia isso ocorrerá? A Reforma não conseguiu estancar.
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